Fisioterapeuta mostra algumas características da fascite e as principais diferenças entre ela e outros problemas relacionados à corrida. Confira!
Por Raquel Castanharo, Jundiaí, SP
16/09/2017 08h02 Atualizado 16/09/2017 08h02
A fascite plantar é umas das lesões de corrida com a recuperação mais complicada. A dor tende a persistir por bastante tempo, especialmente se o tratamento não começar logo no início dos sintomas. Por isso é importante saber reconhecer esta lesão e procurar ajuda o mais rápido possível.
– A fascite plantar gera dor embaixo do calcanhar ou em sua parte interna. Se a dor for na sola do pé, porém mais próxima aos dedos, provavelmente não é o caso.
– Pode haver confusão com a tendinite no tendão de Aquiles, que também gera dor no calcanhar, porém em sua porção posterior (onde geralmente ficamos com a pele machucada ao usar um sapato apertado).
– O pior momento do dia geralmente é pela manhã, logo ao sair da cama.
– A sola do pé pode ficar toda mais rígida e isso ser perceptível ao toque ou até mesmo para caminhar.
– No início a dor pode não aparecer durante a corrida e sim somente depois do treino. Mas não se engane: se a fascite não for tratada logo você começará a sentir dor durante a corrida e até mesmo em caminhadas ou em simples momentos em pé.
– A dor tende a melhorar nos primeiros dias com uso de gelo, mas esse recurso trata apenas o sintoma e não a causa do problema.
Por isso, como o passar do tempo, o efeito do gelo começa a ficar limitado e a patologia vai apenas piorando. O mesmo vale para massagens com bolinha de tênis, por exemplo.
– Anti-inflamatórios orais costumam não ser suficientes e se auto medicar não é recomendável.
Essas dicas são para ajudá-lo a reconhecer seu corpo e o que está acontecendo com ele. Porém, o diagnóstico preciso e o tratamento devem ser feitos por um médico e fisioterapeuta.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Fisioterapeuta formada e mestra em biomecânica da corrida na USP. Realizou pesquisa em biomecânica da coluna na Universidade de Waterloo, Canadá. Trabalha com fisioterapia e avaliação biomecânica em São Paulo e Jundiaí. www.raquelcastanharo.com.br
Fonte: https://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/dor-no-pe-veja-como-identificar-se-e-fascite-plantar.ghtml
Foto: https://www.flickr.com/photos/esthermax/27782440052/