A escolha de um tênis ideal para a prática de atividades físicas passa por critérios importantes que devemos levar em conta na hora da compra.
Para um melhor entendimento primeiro precisamos identificar quais alterações os pés estão susceptíveis durante a corrida. Levando em conta que o tornozelo saudável permite uma movimentação tridimensional chamada de pronação e supinação que está presente durante o ciclo da marcha de qualquer individuo, o que caracteriza a pisada é se, em um determinado momento da marcha isto ocorre de forma mais ou menos acentuada ou mesmo abrupta.
Porem a avaliação da pisada é um processo mais complexo que uma simples avaliação postural ou mesmo aquela velha pergunta tão comum entre os vendedores: “Onde seu tênis gasta mais o solado?”.
Para definirmos o tipo de pisada é fundamental uma análise dinâmica da corrida ou da marcha através de recursos tecnológicos que permitem registros e captura das imagens do movimento além de um fisioterapeuta capacitado e experiente nesse tipo de avaliação.
Um estudo feito na Universidade de Aurus, na Suécia que fez o acompanhamento durante 1 ano de 927 corredores, com os mais diversos tipos de pisada e com utilização do mesmo tênis, evidenciou que não houve redução de lesão entre o tipo de pisada e o tênis escolhido.
Os dados obtidos na pesquisa indicam que o tipo de tênis não reduz o risco de lesão e sim a quilometragem percorrida ou volume do treinamento.
Hoje existe uma supervalorização do tênis de corrida, decorrente de um marketing agressivo das principais marcas quando na verdade, o que mais define se você vai ou não se lesionar é o quanto que você corre e não o tênis que você usa.
Por: Matheus Mardenn, sócio-proprietário da clínica Fibra Treinamento e Performance.
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