Ela ocorre de um incidente traumático específico ou crônica de uma flexão plantar forçada e repetitiva de baixo grau, como apontar os dedos dos pés e o pé para o solo. Ortopedista explica
Por Ana Paula Simões, São Paulo
30/07/2017 08h35 Atualizado há 4 horas
A síndrome do impacto posterior do tornozelo (SIPT) é uma lesão que ocorre na região de partes moles posterior ou no segmento ósseo do lado posterior (interno) do tornozelo. O local da lesão é a porção posterior do talus, o osso do tornozelo, que se encontra com a parte inferior da perna (tíbia). A SIPT pode ser identificada como uma questão aguda que ocorre de um incidente traumático específico ou crônica de uma flexão plantar forçada repetitiva de baixo grau, que é definida como apontar os dedos dos pés e o pé para o solo (como ocorre com as bailarinas).
Quais são os sintomas do impacto posterior do tornozelo?
- Dor, vermelhidão, inchaço e calor no tornozelo posterior (internamente)
- Dor que se torna pior ao apontar os dedos dos pés e pé para baixo
- Dor com atividades como correr, saltar ou descer escadas e descidas
Fatores de risco
- Atletas que participam de esportes que envolvem flexão plantar repetitiva, como bailarinas, ginastas e jogadores de futebol.
- Atividades que envolvem trauma enquanto o pé é flexionado plantar.
- Lesão no tornozelo antiga, principalmente as que geram instabilidades.
- Sapatos não adequados ou atleta inadequadamente equipados.
Tratamento
A fisioterapia pode ajudar no gerenciamento da dor, restaurar a amplitude de movimento, manutenção da força muscular, aumentar o equilíbrio, recuperar as habilidades funcionais e restaurar os padrões de movimento normais.
Algumas das técnicas utilizadas para reduzir a dor podem incluir massagem com gelo e estimulação elétrica. Para recuperar o movimento, eles podem realizar mobilizações que ajudam o tornozelo a começar a se mover normalmente.
O fortalecimento dos músculos do tornozelo pode ajudar a auxiliar a mecânica articular adequada, diminuindo o risco de problemas futuros.
O treinamento de equilíbrio pode ajudar a tornar o seu tornozelo mais estável em conjunto com o fortalecimento, a fim de evitar mais lesões, progredindo para atividades mais funcionais para ajudar a retornar ao seu esporte e atividades diárias.
Na maioria dos casos onde existe uma saliência óssea (processo de stieda), faz-se necessária a remoção cirúrgica, que hoje é feita via artroscópica (por vídeo) onde a recuperação é rápida e eficaz, além de resolutiva.
*As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com
Mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de São Paulo. Especialista e delegada regional do Comitê de Traumatologia esportiva, médica assistente do grupo de traumatologia da Santa Casa de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Futebol Feminino e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva. www.anapaulasimoes.com.br (Foto: EuAtleta)
Foto: Quinn Dombrowski – CC-BY-SA
Fonte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/ja-sentiu-dor-atras-do-tornozelo-pode-ser-a-sindrome-do-impacto-posterior.ghtml