Todas as funções do corpo humano e dos vertebrados de uma maneira geral são permanentemente controladas – em estado fisiológico – por dois grandes sistemas que atuam de forma integrada: o sistema nervoso e o sistema hormonal (Guyton & Hall, 1997).
O exercício físico provoca respostas hormonais no organismo que traz alterações fisiológicas e psicológicas. Entre os que atuam para que haja as respostas, encontram-se as endorfinas, hormônio liberado após a prática de atividade física.
Endorfinas:
As endorfinas são substâncias bioquímicas analgésicas segregadas
pelo cérebro que executam um papel essencial no equilíbrio entre o tônus vital e a depressão. Delas depende que nos encontremos bem ou mal. Além de aliviarem a dor, elas colocam o organismo inteiro em um estado de relaxamento no qual a energia pode atuar livremente e inclusive curar doenças. As endorfinas exercem um importante papel neurotransmissor no sistema nervoso central, possuem a capacidade para despolarizar as membranas celulares, o que diminui o impulso nervoso.Além disso, durante os exercícios, interações entre insulina, glucagon, hormônio do crescimento e as catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) são, na maior parte das vezes, responsáveis pela disponibilidade de carga de substratos e por sua utilização.
Hormônio do crescimento:
O hormônio do crescimento (GH), além de ser um potente agente anabólico, estimula diretamente a lipólise. Suas concentrações encontram-se elevadas durante o exercício, sendo que, quanto mais intenso for o exercício, maior a quantidade liberada deste hormônio.
Catecolaminas:
A atuação em conjunto destes dois hormônios promove, entre outros efeitos, o aumento da taxa metabólica, da liberação de glicose e de ácidos graxos livres no sangue, sendo que o aumento no gasto energético é positivo no combate à obesidade.
Glucagon e insulina:
No exercício, à medida que os níveis plasmáticos de glicose no sangue vão diminuindo, ocorre estimulação da glicogenólise hepática pelo aumento gradual da concentração plasmática de glucagon. Quanto maior a duração do exercício, maior a liberação de glucagon, sendo que, em exercícios moderados de curta duração, observa-se diminuição nos seus níveis plasmáticos.
O efeito do exercício na concentração de insulina é o contrário do que ocorre com o glucagon, estando suas concentrações diminuídas no período de atividade. Os fatores que podem levar à diminuição da insulina são o aumento da velocidade de transporte de glicose para dentro das células musculares, a ação das catecolaminas e a liberação de glucagon. A diminuição dos níveis de insulina é proporcional à intensidade do exercício, sendo que, em exercícios prolongados, ocorre um progressivo aumento na obtenção de energia proveniente da mobilização de triacilglicerois. Desta forma, o exercício torna-se importante por facilitar a captação de glicose e diminuir os níveis de insulina, sendo positivo para o indivíduo portador de diabetes.
Bibliografia:
• http://www.efdeportes.com/efd129/efeitos-metabolicos-e-hormonais-do-exercicio-fisico.htm
• MAUGHAN, Ron; GLEESON, Michael; GREENHAFF, Paul L. Bioquímica do exercício e treinamento. Ed. Manole Ltda, São Paulo, 2000.
• LAWSON, J. Endorfinas: a droga da felicidade. Ed. Eko, Santa Catarina, 1998.